As origens
da Ginástica remetem às sociedades da Grécia Antiga. Entre os gregos, era um
hábito praticar exercícios, para manter o corpo em forma, e como preparação
para outros esportes e até treinamento militar. No início da Idade Moderna, a disciplina
deixou de lado a concepção clássica e passou a ser praticada com a ajuda de
alguns aparelhos.
Em 1811, na
Alemanha, o esporte ganharia popularidade de vez com a implantação da primeira
escola ao ar livre, com a visão de que a Ginástica era para todos os cidadãos,
independentemente de sua condição social. O treinamento serviria,
principalmente, para condicionar os alemães a enfrentar os franceses nas
batalhas militares.
Depois das
guerras, a importância da Ginástica como esporte cresceu em escolas por toda a
Europa. Na Alemanha, no entanto, o regime proibiu a disciplina – o que ajudou a
disseminá-la por todo o mundo. Em 1881, foi fundada a Federação Internacional
de Ginástica (FIG, em francês).
Anos depois,
o Barão de Coubertin sugeriu a entrada da Ginástica no programa dos primeiros
Jogos da Era Moderna, realizados no ano de 1896 em Atenas. O esporte,
considerado indispensável pelo movimento olímpico, nunca deixou de ser
disputado, e evoluiu até chegar a três disciplinas: Ginástica Artística, Ginástica
Rítmica e Ginástica de Trampolim.
Na Ginástica
Artística, os participantes mostram suas habilidades em aparelhos como as
barras paralelas e em apresentações de agilidade e força, como no evento do
solo. Os homens a disputam desde os Jogos de 1896, e as mulheres tiveram a
primeira oportunidade de competir na edição de 1928, em Amsterdã.
Disciplina
apenas para mulheres, a Ginástica Rítmica tem apresentações, acompanhadas de
música, com corda, bola, arco, fita e maças. Há eventos tanto individuais como
por equipes – compostas de cinco atletas –, e a escolha dos aparelhos é
determinada pelos regulamentos e por cada ciclo Olímpico. Sua estreia no
programa de competição foi nos Jogos de 1984, em Los Angeles.
Já a
Ginástica de Trampolim é a mais nova das três disciplinas, e começou a ser
disputada nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney, para homens e mulheres. Os
participantes realizam movimentos sob avaliação de um júri, que aponta o melhor
desempenho nos saltos, que podem atingir uma altura média de oito metros.
Ginástica Artística
Um dos
esportes olímpicos mais antigos, a Ginástica está presente nos Jogos desde a
época da Antiguidade, quando as provas incluíam lutas e até duelos com touros.
Como os homens competiam nus, as mulheres não só eram proibidas de competir,
mas também de assistir.
A disciplina
cresceu na Alemanha durante o Século XIX, como proposta de condicionamento
físico e treinamento militar. Espaços para a prática da Ginástica começavam a
surgir em todo o continente europeu e fora dele – muito pelo fato de o esporte
ter sido proibido em território alemão, e acabar se espalhando.
Com isso,
duas escolas surgiram ao mesmo tempo: a sueca, baseada em exercícios livres em
grupo, e a Alemã, que utilizava aparelhos. Em 1881, foi fundada a Federação
Internacional de Ginástica (FIG, em francês), e anos depois o esporte já estava
incluído no programa dos primeiros Jogos da Era Moderna, em 1896, apenas com
disputas masculinas.
Desde a
estreia no programa olímpico, em 1896, e ao longo dos anos 20, a Ginástica
Artística foi evoluindo: os aparelhos individuais e as competições por equipes
para os homens entraram nos Jogos de 1924, em Paris, e as mulheres puderam
participar em 1928, em Amsterdã, em uma disputa por times. Os eventos com uso
de aparelhos para as mulheres só entraram em 1952, na edição de Helsinque, na
Finlândia.
O programa
da Ginástica Artística nos Jogos Olímpicos inclui eventos de solo, salto,
barras fixas, barras paralelas, cavalo com alças e argolas. Já as mulheres
competem no solo, salto, barras assimétricas e trave de equilíbrio. As medalhas
são distribuídas em provas individuais, em que o participante compete em todos
os aparelhos, por equipes e para cada aparelho.
A primeira
etapa da competição é a classificatória, em que todos os ginastas competem. Os
oito países com melhor desempenho entre seus atletas avançam à final por
equipes, em que três participantes passam novamente por todos os aparelhos. A
soma final é que determina o pódio desta disputa.
Já os 24
melhores participantes na competição geral (máximo de dois por país) avançam à
final individual, em que os ginastas competem em todos os aparelhos. Além
disso, os oito melhores se garantem na decisão de cada aparelhagem.
A pontuação
é dada por um júri com nove juízes, que avalia o grau de dificuldade e a
qualidade dos movimentos executados em cada evento. Falhas representam a perda
de pontos no desempenho final.
Ginástica de Trampolim
Disciplina
mais nova da Ginástica a fazer parte do programa olímpico, a Ginástica de
Trampolim nasceu na década de 30, nos Estados Unidos, a partir da invenção de
George Nissen, professor de Educação Física e ex-campeão universitário de
Ginástica. Ao assistir às redes de segurança dos trapezistas nos circos, ele
teve uma ideia que deu origem ao esporte.
Contando com
a ajuda de Larry Griswald, que o treinou na Universidade de Iowa, Nissen
desenvolveu o primeiro trampolim em sua garagem, e logo o aparelho passou a ser
usado no treinamento de atletas de disciplinas como Saltos Ornamentais, Esqui
Alpino e Ginástica Artística, e até de astronautas.
O primeiro
campeonato nos Estados Unidos com o uso do trampolim foi realizado em 1948, e
em 1955 houve disputa nos Jogos Pan-Americanos daquele ano, na Cidade do
México. Não demorou para que o aparelho ganhasse popularidade na Europa e no
resto do mundo.
No ano de
1964, surgia a Federação Internacional de Trampolim (ITF, em inglês). A partir
de 1988, quando a entidade passou a ser reconhecida pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI), o sonho de entrar nos Jogos passou a ser realidade – e o
que ajudou a chegar ainda mais perto deste objetivo foi a entrada da disciplina
como parte da Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês).
A estreia da
agora Ginástica de Trampolim nos Jogos aconteceu na edição de 2000, em Sydney,
com um evento individual masculino e outro feminino.
Cada participante realiza uma série de dez rotinas, com saltos simples, duplos
e triplos, com e sem piruetas. Os movimentos são avaliados por um júri, que
pontua de acordo com a dificuldade e precisão de cada apresentação, na qual os
ginastas podem atingir alturas de até dez metros acima do trampolim. Erros tiram
pontos do placar final.
A competição
tem duas fases: a classificatória e a final. Os participantes fazem duas
rotinas livres na primeira etapa, com simplicidade e perfeição nos movimentos,
e outra na qual é possível arriscar mais, sem limite de dificuldade. Os oito
melhores passam à disputa por medalhas, na qual é preciso mostrar mais uma
apresentação com dez movimentos.
Ginástica Rítmica
As primeiras
demonstrações de Ginástica Rítmica vieram dos exercícios da Ginástica em grupo,
que tinham algumas coreografias. Outras influências são as danças clássicas,
como o balé, e as escolas de Ginástica sueca, baseada em rotinas livres, e
alemã, com o uso de aparelhos para ganhar condicionamento físico.
Por volta da
década de 20, a disciplina já era disputada competitivamente na extinta União
Soviética, ganhando popularidade nas escolas. No ano de 1942, o país sediou um
torneio nacional, e pouco a pouco o esporte cresceu pelo mundo.
Entretanto,
a Ginástica Rítmica teve de esperar quase duas décadas mais para ser
reconhecida oficialmente por sua federação internacional. Em 1961, o esporte se
tornou mais uma disciplina da entidade, juntando-se à Ginástica Artística
masculina e feminina. Três anos depois, foi realizado o primeiro Mundial, em
Budapeste, na Hungria.
A primeira
demonstração olímpica aconteceu nos Jogos de 1956, em Melbourne. Na Austrália,
exercícios com corda foram incluídos no programa da Ginástica Artística. Pouco
a pouco, as rotinas com objetos nas mãos passaram à Ginástica Rítmica.
A disciplina
só entrou no programa olímpico na edição de 1984, em Los Angeles, com disputas
individuais. Apesar de ter como berço o Leste Europeu, seus representantes não
participaram devido ao boicote feito pelos países da região. O evento por
equipes começou apenas nos Jogos de 1996, em Atlanta.
A Ginástica
Rítmica é uma combinação de movimentos e dança. No torneio individual, cada
participante faz uma apresentação, em uma área de 13 x 13m, com um dos cinco
elementos: corda, bola, arco, fita e maças. Entretanto, segundo regras da
Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês), apenas quatro elementos
são utilizados a cada ciclo olímpico – de 2011 a 2016, por exemplo, apenas a
corda ficará de fora.
O mesmo
acontece nas provas por equipes, que contam com cinco ginastas cada. Cada time
faz duas rotinas – em 2012, de acordo com a FIG, será uma com cinco bolas, e
outra com três fitas e dois arcos.
Na disputa
olímpica, a competição individual tem duas fases: a classificatória e as
finais. Cada ginasta faz uma performance com um elemento, e as dez melhores
avançam à decisão, na qual se reapresentam novamente, desta vez com todos. A
participante que somar o melhor desempenho fica com o ouro.
Já a fase
classificatória por grupos começa com a apresentação usando cinco bolas. Na
seguinte, são utilizadas fitas e os arcos. As notas das duas rotinas são
somadas, e os oito melhores times passam à disputa pelo pódio, na qual terão de
se apresentar mais duas vezes.
Três júris,
cada um com quatro juízes cada, avaliam a apresentação nas seguintes
categorias: dificuldade, execução e plasticidade. Durante as rotinas, os
elementos e as ginastas devem estar em movimento constante.
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