sábado, 18 de maio de 2013

Ginástica


As origens da Ginástica remetem às sociedades da Grécia Antiga. Entre os gregos, era um hábito praticar exercícios, para manter o corpo em forma, e como preparação para outros esportes e até treinamento militar. No início da Idade Moderna, a disciplina deixou de lado a concepção clássica e passou a ser praticada com a ajuda de alguns aparelhos.
Em 1811, na Alemanha, o esporte ganharia popularidade de vez com a implantação da primeira escola ao ar livre, com a visão de que a Ginástica era para todos os cidadãos, independentemente de sua condição social. O treinamento serviria, principalmente, para condicionar os alemães a enfrentar os franceses nas batalhas militares.
Depois das guerras, a importância da Ginástica como esporte cresceu em escolas por toda a Europa. Na Alemanha, no entanto, o regime proibiu a disciplina – o que ajudou a disseminá-la por todo o mundo. Em 1881, foi fundada a Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês).
Anos depois, o Barão de Coubertin sugeriu a entrada da Ginástica no programa dos primeiros Jogos da Era Moderna, realizados no ano de 1896 em Atenas. O esporte, considerado indispensável pelo movimento olímpico, nunca deixou de ser disputado, e evoluiu até chegar a três disciplinas: Ginástica Artística, Ginástica Rítmica e Ginástica de Trampolim.
Na Ginástica Artística, os participantes mostram suas habilidades em aparelhos como as barras paralelas e em apresentações de agilidade e força, como no evento do solo. Os homens a disputam desde os Jogos de 1896, e as mulheres tiveram a primeira oportunidade de competir na edição de 1928, em Amsterdã.
Disciplina apenas para mulheres, a Ginástica Rítmica tem apresentações, acompanhadas de música, com corda, bola, arco, fita e maças. Há eventos tanto individuais como por equipes – compostas de cinco atletas –, e a escolha dos aparelhos é determinada pelos regulamentos e por cada ciclo Olímpico. Sua estreia no programa de competição foi nos Jogos de 1984, em Los Angeles.
Já a Ginástica de Trampolim é a mais nova das três disciplinas, e começou a ser disputada nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney, para homens e mulheres. Os participantes realizam movimentos sob avaliação de um júri, que aponta o melhor desempenho nos saltos, que podem atingir uma altura média de oito metros.


Ginástica Artística

















Um dos esportes olímpicos mais antigos, a Ginástica está presente nos Jogos desde a época da Antiguidade, quando as provas incluíam lutas e até duelos com touros. Como os homens competiam nus, as mulheres não só eram proibidas de competir, mas também de assistir.
A disciplina cresceu na Alemanha durante o Século XIX, como proposta de condicionamento físico e treinamento militar. Espaços para a prática da Ginástica começavam a surgir em todo o continente europeu e fora dele – muito pelo fato de o esporte ter sido proibido em território alemão, e acabar se espalhando.
Com isso, duas escolas surgiram ao mesmo tempo: a sueca, baseada em exercícios livres em grupo, e a Alemã, que utilizava aparelhos. Em 1881, foi fundada a Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês), e anos depois o esporte já estava incluído no programa dos primeiros Jogos da Era Moderna, em 1896, apenas com disputas masculinas.
Desde a estreia no programa olímpico, em 1896, e ao longo dos anos 20, a Ginástica Artística foi evoluindo: os aparelhos individuais e as competições por equipes para os homens entraram nos Jogos de 1924, em Paris, e as mulheres puderam participar em 1928, em Amsterdã, em uma disputa por times. Os eventos com uso de aparelhos para as mulheres só entraram em 1952, na edição de Helsinque, na Finlândia.
O programa da Ginástica Artística nos Jogos Olímpicos inclui eventos de solo, salto, barras fixas, barras paralelas, cavalo com alças e argolas. Já as mulheres competem no solo, salto, barras assimétricas e trave de equilíbrio. As medalhas são distribuídas em provas individuais, em que o participante compete em todos os aparelhos, por equipes e para cada aparelho.
A primeira etapa da competição é a classificatória, em que todos os ginastas competem. Os oito países com melhor desempenho entre seus atletas avançam à final por equipes, em que três participantes passam novamente por todos os aparelhos. A soma final é que determina o pódio desta disputa.
Já os 24 melhores participantes na competição geral (máximo de dois por país) avançam à final individual, em que os ginastas competem em todos os aparelhos. Além disso, os oito melhores se garantem na decisão de cada aparelhagem.
A pontuação é dada por um júri com nove juízes, que avalia o grau de dificuldade e a qualidade dos movimentos executados em cada evento. Falhas representam a perda de pontos no desempenho final.


Ginástica de Trampolim





















Disciplina mais nova da Ginástica a fazer parte do programa olímpico, a Ginástica de Trampolim nasceu na década de 30, nos Estados Unidos, a partir da invenção de George Nissen, professor de Educação Física e ex-campeão universitário de Ginástica. Ao assistir às redes de segurança dos trapezistas nos circos, ele teve uma ideia que deu origem ao esporte.
Contando com a ajuda de Larry Griswald, que o treinou na Universidade de Iowa, Nissen desenvolveu o primeiro trampolim em sua garagem, e logo o aparelho passou a ser usado no treinamento de atletas de disciplinas como Saltos Ornamentais, Esqui Alpino e Ginástica Artística, e até de astronautas.
O primeiro campeonato nos Estados Unidos com o uso do trampolim foi realizado em 1948, e em 1955 houve disputa nos Jogos Pan-Americanos daquele ano, na Cidade do México. Não demorou para que o aparelho ganhasse popularidade na Europa e no resto do mundo.
No ano de 1964, surgia a Federação Internacional de Trampolim (ITF, em inglês). A partir de 1988, quando a entidade passou a ser reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o sonho de entrar nos Jogos passou a ser realidade – e o que ajudou a chegar ainda mais perto deste objetivo foi a entrada da disciplina como parte da Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês).

A estreia da agora Ginástica de Trampolim nos Jogos aconteceu na edição de 2000, em Sydney, com um evento individual masculino e outro feminino.
Cada participante realiza uma série de dez rotinas, com saltos simples, duplos e triplos, com e sem piruetas. Os movimentos são avaliados por um júri, que pontua de acordo com a dificuldade e precisão de cada apresentação, na qual os ginastas podem atingir alturas de até dez metros acima do trampolim. Erros tiram pontos do placar final.
A competição tem duas fases: a classificatória e a final. Os participantes fazem duas rotinas livres na primeira etapa, com simplicidade e perfeição nos movimentos, e outra na qual é possível arriscar mais, sem limite de dificuldade. Os oito melhores passam à disputa por medalhas, na qual é preciso mostrar mais uma apresentação com dez movimentos.


Ginástica Rítmica

















As primeiras demonstrações de Ginástica Rítmica vieram dos exercícios da Ginástica em grupo, que tinham algumas coreografias. Outras influências são as danças clássicas, como o balé, e as escolas de Ginástica sueca, baseada em rotinas livres, e alemã, com o uso de aparelhos para ganhar condicionamento físico.
Por volta da década de 20, a disciplina já era disputada competitivamente na extinta União Soviética, ganhando popularidade nas escolas. No ano de 1942, o país sediou um torneio nacional, e pouco a pouco o esporte cresceu pelo mundo.
Entretanto, a Ginástica Rítmica teve de esperar quase duas décadas mais para ser reconhecida oficialmente por sua federação internacional. Em 1961, o esporte se tornou mais uma disciplina da entidade, juntando-se à Ginástica Artística masculina e feminina. Três anos depois, foi realizado o primeiro Mundial, em Budapeste, na Hungria.
A primeira demonstração olímpica aconteceu nos Jogos de 1956, em Melbourne. Na Austrália, exercícios com corda foram incluídos no programa da Ginástica Artística. Pouco a pouco, as rotinas com objetos nas mãos passaram à Ginástica Rítmica.
A disciplina só entrou no programa olímpico na edição de 1984, em Los Angeles, com disputas individuais. Apesar de ter como berço o Leste Europeu, seus representantes não participaram devido ao boicote feito pelos países da região. O evento por equipes começou apenas nos Jogos de 1996, em Atlanta.
A Ginástica Rítmica é uma combinação de movimentos e dança. No torneio individual, cada participante faz uma apresentação, em uma área de 13 x 13m, com um dos cinco elementos: corda, bola, arco, fita e maças. Entretanto, segundo regras da Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês), apenas quatro elementos são utilizados a cada ciclo olímpico – de 2011 a 2016, por exemplo, apenas a corda ficará de fora.
O mesmo acontece nas provas por equipes, que contam com cinco ginastas cada. Cada time faz duas rotinas – em 2012, de acordo com a FIG, será uma com cinco bolas, e outra com três fitas e dois arcos.
Na disputa olímpica, a competição individual tem duas fases: a classificatória e as finais. Cada ginasta faz uma performance com um elemento, e as dez melhores avançam à decisão, na qual se reapresentam novamente, desta vez com todos. A participante que somar o melhor desempenho fica com o ouro.
Já a fase classificatória por grupos começa com a apresentação usando cinco bolas. Na seguinte, são utilizadas fitas e os arcos. As notas das duas rotinas são somadas, e os oito melhores times passam à disputa pelo pódio, na qual terão de se apresentar mais duas vezes.
Três júris, cada um com quatro juízes cada, avaliam a apresentação nas seguintes categorias: dificuldade, execução e plasticidade. Durante as rotinas, os elementos e as ginastas devem estar em movimento constante.



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