sábado, 18 de maio de 2013


Atletismo

























Esporte que melhor retrata o lema olímpico, Citius, Altius, Fortius (“o mais rápido, o mais alto, o mais forte”, na tradução do latim), o Atletismo marca presença desde a primeira edição dos Jogos da Antiguidade, em 776 a.C. Naquele ano, Corebus de Elis se tornaria o primeiro campeão olímpico ao vencer uma prova chamada Stadium, uma corrida em um percurso de 192 metros.
Posteriormente a Grécia Antiga viu o surgimento de muitas outras provas de corrida, saltos e lançamentos. Uma competição que também fazia sucesso era o pentatlo - que reunia, além do Stadium, salto em distância, lançamento de disco, lançamento de dardo e luta. Séculos depois, feiras e festivais por toda a Europa tinham como atração eventos para premiar o competidor mais completo.
Diante de tanta tradição e popularidade, não foi surpresa ver o Atletismo ocupar lugar de destaque na programação dos primeiros Jogos da Era Moderna, em 1896. Foram 12 medalhas em disputa em Atenas, todas em competições para homens. As mulheres começaram a participar na edição de 1928, em Amsterdã, na Holanda, e atualmente possuem um programa de disputa quase igual ao masculino.
Poucos anos antes de o programa olímpico do Atletismo incluir eventos femininos, em 1912, 17 países criaram a entidade que hoje é a Federação Internacional de Atletismo (IAAF, em inglês), para padronizar regras, critérios e recordes mundiais.
O esporte está dividido entre provas de pista, de rua, de campo e as combinadas. As primeiras incluem diferentes tipos de corrida: rasas (de 100, 200, 400, 800, 1.500, 5.000 e 10.000 metros), revezamentos (4x100m e 4x400m), com barreiras (110m para homens, 100m para mulheres e 400m para homens e mulheres) e com obstáculos (3.000m). As provas de rua são a maratona (aproximadamente 43 quilômetros, ou 42,195 km) e a marcha atlética (20 e 50 km, sendo esta última somente para homens). Os vencedores são aqueles que terminarem o percurso em primeiro lugar.
Já as provas de campo incluem eventos como os saltos em distância e triplo, em altura e com vara, as provas de arremesso de peso e lançamento do martelo, dardo e disco. Nelas, o atleta com melhor desempenho em relação aos demais concorrentes fica com a medalha de ouro.
Por sua vez, as provas combinadas medem a versatilidade dos atletas, e são disputadas em dois dias consecutivos. Para os homens há o decatlo, com dez eventos: 100 metros rasos, saltos em distância, arremesso de peso, salto em altura, 400m rasos, 110m com barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1.500m rasos. As mulheres realizam sete provas, no chamado heptatlo: 100m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200m rasos, salto em distância, lançamento de dardo e 800m rasos. 
No Atletismo, os eventos começam com a disputa de eliminatórias. Os melhores competidores ou equipes avançam até a final, que vale medalha. O sistema é diferente nas provas combinadas: o desempenho de cada atleta vale pontos, e a soma deles ao longo dos dois dias de competição é que define o pódio.

Badminton























Presente no programa olímpico desde a edição de 1992, em Barcelona, o Badminton tem suas origens na Inglaterra, por volta de1600, e deriva de um jogo chamado Battledore and Shuttlecock, em que o objetivo é bater com uma raquete em uma peteca o maior número de vezes possível, sem deixá-la cair no chão.
Em meados de 1800, soldados ingleses que estavam na Índia desenvolveram uma versão do jogo denominada “Poon”,  que utilizava uma rede, e levaram a modalidade para seu país. A disciplina foi apresentada por convidados pelo Duque de Beaufort em seu palácio campestre, chamado Badminton House – daí o nome que rebatizou o esporte.
Em março de 1898 houve a primeira realização de um torneio, também na Inglaterra. Durante a década de 30, o Badminton ganhou força em países como Dinamarca, Estados Unidos e Canadá. No ano de 1934, surgiu a federação internacional, que organizou o primeiro Mundial da disciplina em 1948.
Em 1966, o Badminton foi incluído no programa dos Jogos da Comunidade Britânica realizados em Kingston, capital da Jamaica.  A estreia olímpica foi no ano de 1972, em Munique, como esporte de exibição, o que ocorreu também em 1988, em Seul.
A disciplina passou a fazer parte do programa oficial apenas nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, com disputas de simples e duplas para homens e mulheres. O evento de duplas mistas foi incluído apenas no ano de 1996, em Atlanta.
Um ponto de Badminton é disputado até que um dos participantes deixe a peteca cair do seu lado da rede. Cada partida tem três games de 21 pontos cada, e vence quem ganhar dois. Se houver empate em 20 a 20, leva o game quem abrir dois pontos primeiro. No entanto, se o placar for de 29 a 29, quem fizer o ponto seguinte é o vencedor. Em um game há um intervalo de um minuto assim que o primeiro participante ou dupla atingir os 11 pontos.  No terceiro game, os participantes mudam de lado quando o placar chega  a 11.
Antes de cada partida, um sorteio é feito para definir quem começa sacando. O serviço muda de lado apenas quando o sacador perde o ponto. Nas duplas, os participantes se alternam. O saque é parecido com o tênis, em diagonal, alternando de lado – se o placar de quem serve é par, ele saca da esquerda, e da direita se for ímpar - e para uma área específica.
Na disputa, há uma fase preliminar, em que todos se enfrentam dentro de um grupo. Os 16 melhores (no caso de simples) e os oito melhores (nas duplas) avançam à etapa eliminatória, em que os vencedores de cada lado da chave disputam o ouro. São entregues dois bronzes, para os perdedores das semifinais.
Cada peteca pesa entre 4,74 e 5,5 gramas, e tem 16 penas de ganso – todas tiradas da asa esquerda da ave. Durante uma partida, ela pode atingir até 400 km/h.

Basquetebol























Uma alternativa à prática esportiva durante o inverno. Foi a partir deste pedido que o Basquete nasceu, em 1891, no estado americano de Massachussets, de uma ideia do professor canadense James Naismith, que precisava criar um jogo indoor para manter seus alunos em forma enquanto não pudesse fazer atividades ao ar livre.
Com um conceito de 13 regras – algumas delas em vigor até hoje, como a de não correr com a bola nas mãos – e a ideia de acertar um alvo, a disciplina surgiu. Naismith inicialmente pensou em colocar uma cesta no chão, mas concluiu que seria muito mais desafiador alcançar um objetivo acima da altura dos demais jogadores, sem chance de defesa.
Nas primeiras partidas do novo jogo, os alvos eram cestas (baskets) de pêssego, de aproximadamente 45 centímetros cada, que ficavam alçadas com pregos a 3m05 do chão. E o esporte ganhou o nome de Basketball (“bola ao cesto”) – no português, Basquete. No início, as bolas arremessadas ficavam presas, e só algum tempo depois que alguém teve a ideia de cortar o fundo dos cestos para que a bola caísse.
Sete anos depois do surgimento do esporte, os americanos já organizavam sua primeira liga profissional, com seis equipes. Nos Jogos Olímpicos de 1904, em Saint Louis, também nos Estados Unidos, os melhores jogadores do país formaram uma seleção nacional e fizeram uma demonstração do esporte. Em 1906, os cestos deram lugar a redes de metal.
Entretanto, para que o Basquete pudesse fazer parte do programa olímpico, era necessária uma entidade para zelar pela disciplina. Depois de ter sido convidada a fazer parte da federação internacional de Atletismo, e de ser chancelada pela de Handebol por algum tempo, o Basquete viu a FIBA nascer em 1932, contando com a adesão de países como Itália, Argentina e até a Letônia – o que comprova a popularidade ao redor do planeta.
A entrada oficial nos Jogos foi na edição de 1936, em Berlim, mas os participantes acabaram prejudicados por ter de disputar as partidas nas mesmas quadras do tênis, de saibro. A entrada do evento feminino se deu em 1972, na cidade de Munique. Em 1992, a seleção americana de basquete foi formada pela primeira vez por jogadores da NBA, a liga mais forte do mundo, dando ao torneio olímpico a oportunidade de reunir os melhores.
O Basquete é jogado por equipes de cinco jogadores cada, em partidas divididas em quatro quartos de dez minutos – o relógio para quando a bola sai da quadra, ou em cada pedido de tempo, de um minuto cada. Cada equipe tem 24 segundos de posse de bola, e tem de arremessa-la em direção à cesta antes deste tempo. Os jogadores podem dar apenas dois passos segurando a bola nas mãos, e só podem andar com ela se a quicarem.
A equipe vencedora é aquela que marcar mais pontos no tempo regulamentar. Como o jogo não pode terminar empatado, são disputadas quantas prorrogações forem necessárias, de cinco minutos cada.
A pontuação é feita em arremessos de pequena, média e longa distância. Para pequena e média distância são contabilizados dois pontos, enquanto a bola arremessada de trás de uma linha arqueada, a 6,25m da cesta, vale três. Cada arremesso de lance livre vale um ponto.
O torneio olímpico de Basquete, tanto no masculino como no feminino, começa com uma fase de grupos, na qual os 12 países de cada disputa são divididos em dois grupos de seis, no qual todos se enfrentam. Os quatro melhores de cada chave avançam à etapa seguinte, que é eliminatória, e os dois que sobrarem de cada lado disputam o ouro. Os perdedores das semifinais brigam pelo bronze.

Boxe



Os primeiros registros do Boxe datam do Egito, por volta do ano 3.000 antes de Cristo. O esporte é praticado desde os chamados Jogos Olímpicos da Antiguidade, no final do Século VII, quando lutadores usavam tiras de couro para proteger mãos e antebraços na Grécia Antiga. Anos depois, em Roma, elas foram substituídas por uma luva com entalhes de metal, mas os combates eram muito sangrentos e sempre terminavam com a morte de algum dos participantes.
Após a queda do Império Romano, o Boxe desapareceu. O esporte voltou a ganhar força por volta do Século XVII, na Inglaterra, e lutas amadoras foram organizadas de forma oficial em 1880.
A estreia do esporte nos Jogos Olímpicos aconteceu na edição de 1904, em Saint Louis. O Boxe ficou fora da edição de 1912, em Estocolmo, porque a lei sueca à época proibia a prática das disciplinas de combate.
O Boxe retornou ao programa olímpico em 1920, quando Antuérpia, na Bélgica, recebeu os Jogos. Neste mesmo ano, foi fundada a federação internacional de boxe. Desde então, as regras evoluíram: o capacete de proteção se tornou obrigatório nas edições de 1984, em Los Angeles, enquanto em 1992, na cidade de Barcelona, foi introduzido o sistema de contagem eletrônica, entre outras mudanças.
Os Jogos de 2012, em Londres, foram palco da principal novidade no Boxe: a entrada de três categorias femininas – Mosca (48 a 51 kg), Leve (57 a 60 kg) e Médio (69 a 75 kg). Os homens competirão em dez categorias, que vão de Mosca Ligeiro (46 a 49kg) até Superpesado (acima de 91 kg).
As lutas masculinas de Boxe nos Jogos Olímpicos têm três rounds de três minutos cada, e as femininas tem quatro rounds com duração de dois minutos. Os participantes ganham pontos para cada soco que atingir a cabeça ou parte superior do adversário, avaliado por cinco juízes que ficam em torno do ringue. Os combates também terminam em caso de nocaute, abandono ou desqualificação. O árbitro pode encerrar se achar que um dos participantes não está em condições de continuar.
O formato da disputa olímpica é por eliminação direta. As chaves contam com 16, 26 ou 28 participantes, dependendo da categoria. Já as mulheres entrarão em chaves de 16 competidoras, ou diretamente nas quartas de final. Os vencedores de cada lado disputam o ouro, e cada um dos perdedores das semifinais recebe uma medalha de bronze.



Canoagem


Onde há necessidade de locomoção na água, existe uma canoa. Ao longo da história, estas embarcações estiveram presentes no dia-a-dia de diversos povos, como os egípcios, e lugares, como regiões da América do Norte, e foram usadas até em guerras.
Já como esporte, a Canoagem começou a ganhar força no final do século XIX, na Inglaterra. A primeira competição oficial aconteceu na Bélgica, em 1877, e algumas décadas depois, em 1924, surgia a Federação Internacional de Canoagem (ICF, em inglês), na Dinamarca.
O esporte está presente no programa olímpico em duas disciplinas: Canoagem Velocidade e Canoagem Slalom. A primeira, presente nos Jogos para os homens desde a edição de 1936, em Berlim, e para as mulheres desde 1948, em Londres. É realizada em águas calmas, em percursos balizados por boias em linha reta, com 1000, 500 e 200 metros de extensão. São utilizados caiaques para um, dois ou quatro atletas, que usam remos com duas pás e canoas para um ou dois atletas, que usam remos de uma pá. Vence a prova a embarcação que terminar o percurso no menor tempo.
Já a Canoagem Slalom é praticada desde os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona. No masculino, é disputada em canoas para uma ou duas pessoas, e em caiaques para um ocupante. As mulheres também competem nesta disciplina, em caiaques individuais. Durante a prova, realizada em um percurso de 300 metros de águas turbulentas, os competidores devem ultrapassar de 20 a 25 portas penduradas em arames suspensos. Aqueles que cumprirem a prova no menor tempo, e com menos faltas, são os vencedores.


Canoagem Slalom

A Canoagem Slalom surgiu em 1932, na Suíça. A inspiração foi a prova de mesmo nome do esqui, na qual os participantes descem por um percurso pré-definido, com pórticos que tem de ser ultrapassados – só que, em vez da neve, o cenário é um rio de águas turbulentas e alguns dos pórticos devem ser cruzados no sentido contrário à correnteza.
A primeira competição oficial aconteceu em 1933, mas a Segunda Guerra Mundial prejudicou o desenvolvimento da disciplina. Depois do fim do conflito, a Federação Internacional de Canoagem (ICF, em inglês), fundada em 1924, decidiu organizar o primeiro Mundial sob sua chancela, no ano de 1949, também na Suíça.
Diferentemente das embarcações utilizadas na Canoagem Velocidade, mais alongadas e finas, as da Slalom são menores e mais leves, com materiais capazes de resistir às fortes corredeiras e que permitam aos competidores se movimentarem agilmente em meio ao percurso.
O Slalom entrou no programa olímpico nos Jogos de 1972, em Munique, com três eventos masculinos e um feminino. A disciplina retornou apenas na edição de 1992, em Barcelona, e permanece em disputa até hoje, com o mesmo número de eventos. As provas em canoas são individuais ou em duplas, apenas para os homens, enquanto nos caiaques homens e mulheres competem individualmente.
Assim como na velocidade, cada tipo de embarcação é identificada por uma letra – C para a canoa, em que os atletas usam remos com uma pá, e K para o caiaque (do inglês Kaiak), em que os competidores usam um remo com duas pás.
Para atender melhor ao público e à transmissão de TV, as provas de Slalom nos Jogos Olímpicos sempre foram disputadas em pistas artificiais ou semiartificiais.
Cada competidor deve passar por 18 a 25 portas, que estão penduradas por arames suspensos e distribuídas ao longo de um percurso de 300 metros. Existe uma sequência numérica e uma indicação de sentindo – a favor ou contra a correnteza – para cada uma das portas, que deve ser obedecida. O trajeto é feito duas vezes, e os tempos são somados. Há penalidades que somam tempo ao desempenho final de cada competidor.
O vencedor da prova é aquele que conseguir o melhor desempenho, já com o desconto de todas as penalidades.


Canoagem Velocidade

Disciplina da Canoagem presente há mais tempo no programa olímpico, a Canoagem Velocidade teve suas primeiras competições na metade do século XIX. A primeira organização a realizar disputas foi o Royal Canoe Club, fundada em 1866 na Inglaterra, sendo seguida pelo surgimento do New York Canoe Club, em 1871. Por volta de 1890, o esporte já era amplamente difundido por toda a Europa.
Em 1924, a Canoagem Velocidade dava dois passos importantes para se popularizar ainda mais: a fundação de sua federação internacional e a inclusão como esporte de demonstração no programa dos Jogos Olímpicos daquele mesmo ano, em Paris.
A entrada oficial aconteceu na edição seguinte, em Berlim, na Alemanha, com nove provas só para homens. As disputas femininas começaram em 1948, nos Jogos de Londres, com apenas um evento. Hoje são oito no masculino, e quatro no feminino.
A Canoagem Velocidade é disputada em águas calmas, em percursos balizados por boias em linha reta, com 1000, 500 e 200 metros de extensão. Os eventos são diferenciados pelo número de atletas nas embarcações – uma, duas ou quatro pessoas – e pelo tipo de barco utilizado: canoas ou caiaques.
As canoas, identificadas pela letra C, são barcos abertos, nos quais os competidores se apoiam sobre um dos joelhos e usam remos que têm apenas uma pá.
Identificados pela letra K (do inglês Kaiak), os caiaques possuem um espaço para que os competidores fiquem sentados enquanto remam utilizando um remo com duas pás que tocam a água de forma alternada, uma em cada extremidade do remo.
O objetivo é simples: terminar o percurso no menor tempo possível.

Ciclismo


Presente no programa olímpico desde a primeira edição dos Jogos da Era Moderna, em 1896, em Atenas, o Ciclismo ganhou força como esporte a partir das constantes modernizações nas bicicletas. De acordo com historiadores, a primeira prova oficial data de 1868 e aconteceu no Parque Saint Cloud, nos arredores de Paris – o vencedor foi o inglês James Moore.
Na capital grega, o ciclismo foi representado por provas de Pista, no velódromo, e uma de Estrada - um trajeto de 87 quilômetros de ida e volta entre Atenas e a cidade de Maratona. Hoje em dia, quatro disciplinas compõem o programa esportivo: BMX, Estrada, Mountain Bike e Pista.
Enquanto o Ciclismo de Pista e o de Estrada têm disputas desde 1896, cem anos depois o Mountain Bike entrou para o programa olímpico, em Atlanta (Estados Unidos). Já o BMX é ainda mais novato: teve suas primeiras medalhas distribuídas nos Jogos de 2008, em Pequim, na China.
Cada uma das disciplinas possui uma bicicleta própria, com características específicas de peso, marchas, freios, tipo e tamanho de quadro, conforme as exigências das provas de cada modalidade determinadas pela União Ciclista Internacional (UCI). O Brasil estrou no ciclismo olímpico no ano de 1936, em Berlim.


Ciclismo BMX

O Ciclismo BMX é a disciplina mais nova em disputa nos Jogos Olímpicos – teve sua estreia em Pequim, no ano de 2008. O esporte surgiu no final da década de 1960, na Califórnia, de carona na onda do motocross em todo o território americano. Inspirados nos circuitos de rampas de terra e repletos de obstáculos, crianças e adolescentes construíam pistas nos quintais e terrenos perto de suas casas, e daí nascia o Bicycle Moto Cross, ou BMX.
Por ser de baixo custo, logo se tornou uma febre. E nos anos 70 surgiu a primeira federação para gerir o esporte, nos Estados Unidos. Conforme as corridas vinham se tornando mais populares, chegavam também a outros continentes. A Europa passou a praticá-lo no início da década de 80.
A Federação Internacional de BMX surgiu em 1981, e no ano seguinte foi realizado o primeiro Mundial da disciplina. No ano de 1993, passou a ser gerido pela União Ciclista Internacional (UCI). As bicicletas têm apenas uma marcha e um freio, rodas aro 20, e quadro resistente para aguentar as subidas, descidas, rampas e obstáculos das pistas.
O único evento do Ciclismo BMX em Jogos Olímpicos é o Supercross. Os participantes largam de uma rampa de dez metros, disputando diversas baterias, com oito ciclistas cada, e duração de aproximadamente 40 segundos. Os quatro melhores vão avançando de fase até a final. A pista tem uma pequena diferença de extensão: é de 470 metros para homens, e 430 para mulheres.


Ciclismo de Estrada

Uma das disciplinas mais antigas do Ciclismo, a prova de Estrada foi disputada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de 1896, com um percurso de 87 quilômetros entre Atenas e Maratona que começava e terminava na capital grega, sede daquela edição. O trajeto foi o mesmo da prova do Atletismo, mas sobre duas rodas.
No entanto, a disciplina não esteve presente nos três Jogos seguintes: Paris, em 1900, Saint Louis (Estados Unidos), no ano de 1904, e na edição de 1908, em Londres. Apesar disso, o ciclismo só ganhou força ao longo dos anos, principalmente na Europa – países como Alemanha, Holanda, Suíça, Espanha e Itália estão entre as potências mundiais.
As bicicletas usadas no Ciclismo de Estrada são mais leves, com quadros de carbono, e materiais que fazem com que o peso mínimo não passe dos 6,8 kg. O guidão é baixo por questões aerodinâmicas, para que o ciclista possa economizar energia e ganhar mais velocidade no percurso. As bicicletas atuais contam com até 20 marchas, utilizadas para todos os tipos de trechos, como montanhas, descidas e linhas retas.
O atual programa olímpico desta disciplina do Ciclismo é formado por quatro provas (duas para homens e duas para mulheres). Uma delas é a de Estrada, em que vence quem terminar primeiro o percurso, de aproximadamente 250 quilômetros para homens e 140 quilômetros para as mulheres – no feminino, a prova só entrou no programa dos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles. Todos os competidores largam juntos, e quem cruzar a linha de chegada primeiro fica com a medalha de ouro.
No ano de 1996, em Atlanta, ingressaram no programa de competição os eventos de contrarrelógio tanto para homens como para mulheres, em que cada corredor tem de percorrer um trajeto em torno de 46 quilômetros (masculino) e 32 quilômetros (feminino) no menor tempo possível. Cada participante larga individualmente a cada 90 segundos.


Ciclismo de Pista

O Ciclismo de Pista é realizado desde os Jogos Olímpicos de 1896, os primeiros da Era Moderna, e que foram disputados em Atenas, na Grécia. A disciplina está presente desde então, e só não teve provas na edição de 1912, em Estocolmo, capital sueca – quando aconteceu apenas a disputa de Estrada.
Desde as primeiras competições oficiais, em 1870, os ciclistas competiam em ginásios fechados com pistas de madeira, que lembram muito os velódromos utilizados nos dias de hoje. O ambiente permitia que a competição fosse disputada sem restrição meteorológica – e ainda agradava seus promotores, que podiam cobrar ingresso para que os espectadores assistissem às corridas.
No Ciclismo de Pista, as bicicletas são projetadas para alcançarem o máximo de velocidade possível, e curiosamente não possuem marchas e nem freios, já que parar repentinamente durante uma prova representaria um grande risco de acidentes na pista.
Apesar de o Ciclismo estar a tanto tempo em disputa, as mulheres só começaram a participar em 1988, em Seul, na Coreia do Sul, em provas de Velocidade.
O programa olímpico da disciplina conta com dez eventos, sendo cinco para homens e cinco para mulheres: Velocidade, Velocidade Por Equipes, Keirin, Perseguição Por Equipes e Omnium. A prova de Omnium, estreante em Jogos Olímpicos em Londres, é parecida com o decatlo e o heptatlo: os ciclistas disputam seis provas de contrarrelógio, pontos, perseguição e corrida, e recebem pontos de acordo com o seu desempenho. Ao final, o participante que obtiver a menor pontuação acumulada é o vencedor.


Ciclismo Mountain Bike

O Mountain Bike é uma disciplina do Ciclismo que também ingressou tarde no programa olímpico. Desde os Jogos de 1996, em Atlanta, homens e mulheres participam da prova de Cross Country, em um terreno com subidas, descidas e trilhas.
A disciplina tem sua origem na Califórnia. Foi neste estado americano que, na década de 1970, alguns ciclistas que buscavam algo diferente das disputas de estrada começaram a fazer trilhas em montanhas e estradas de terra. Membros de um clube nos arredores de São Francisco criaram uma competição entre os anos de 1976 e 1979, perto da Ponte Golden Gate, gerando interesse pela disciplina.
O primeiro campeonato nacional do esporte aconteceu nos Estados Unidos, em 1983. Sete anos depois, impulsionado pela popularidade criada na Austrália e na Europa, foi realizado o primeiro Mundial reconhecido pela União Ciclista Internacional (UCI). A estreia no programa olímpico foi em Atlanta, e a prova segue sendo disputada desde então.
Apesar de ambas as competições serem ao ar livre, a bicicleta do Mountain Bike apresenta diferenças significativas em relação à de Estrada: os pneus são mais largos, há amortecedores traseiros e dianteiros para melhor absorção do impacto nos circuitos, e seu material é muito mais resistente, mas sem comprometer o peso da bicicleta, que gira em torno de 8 a 9 kg.
No Cross Country, a prova tem um tempo máximo de duração, que varia entre 1h30min e 1h45min, sendo o número de voltas calculado pelo tempo por volta da categoria masculina e feminina. Os participantes precisam completar um número pré-estabelecido de voltas, e o primeiro a terminar é o vencedor.