terça-feira, 30 de abril de 2013

Judô
























            Única arte marcial integrante do programa paralímpico, praticada por pessoas com deficiência visual, o Judô começou a ser disputado em alto rendimento desde a década de 1970. Porém, sua estreia nos Jogos aconteceu apenas na edição de 1988, em Seul, na Coreia do Sul, com a participação dos atletas do sexo masculino.
As mulheres passaram a fazer parte do programa a partir dos Jogos de Atenas, em 2004. A entidade responsável pelo esporte é a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, em inglês), fundada em Paris, em 1981, e as regras são da Federação Internacional de Judô (IJF, em inglês).
O Judô paralímpico é disputado apenas por pessoas com deficiência visual, e a classificação é feita por critérios médicos e não funcionais, como acontece na maioria dos esportes paralímpicos.
Os atletas são divididos por classes identificadas pela letra B (do inglês blind, cego em português):  B1 para os cegos, B2 para os lutadores que têm a percepção de vultos e luminosidade, e B3, em que os participantes possuem a capacidade de definir imagens. Eles podem lutar entre si, mas existe ainda a separação por categorias de peso, que segue o mesmo padrão olímpico.
Além da classificação, de acordo com o grau da deficiência visual, algumas características marcam o Judô paralímpico, como o pronunciamento das palavras ao e shiro (do japonês, azul e branco, respectivamente), logo após o pronunciamento das pontuações e punições, e o início do combate que é comandado pelo árbitro central apenas quando os dois atletas estão segurando o quimono.
Outra função do árbitro que só existe no Judô paralímpico – e talvez a mais importante – é a de conduzir e manter a pegada constante entre os participantes, ou seja, durante toda a luta eles devem manter contato uns com os outros. Caso ele seja perdido, o combate é paralisado. Os atletas B1 são identificados por um círculo vermelho localizado nas mangas do quimono, para que o árbitro saiba que deve conduzi-lo à marcação para que a luta recomece.
Assim como na disputa olímpica, as lutas acontecem sobre tatames sintéticos, com duração de cinco minutos cada. Os competidores buscam o ippon (o “nocaute” do judô) pela projeção do adversário de costas no solo, imobilização do oponente no solo, finalização com chave de braço ou estrangulamento.

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