Um dos esportes com maior número de
participantes e eventos no programa paralímpico, a Natação está presente desde
a primeira edição dos Jogos, no ano de 1960, em Roma. À época, apenas pessoas
com lesão medular participavam.
Esta condição começou a mudar nos
Jogos de Heidelberg (Alemanha), em 1972, quando nadadores com deficiência
visual disputaram eventos demonstrativos. Pouco a pouco o esporte foi se
abrindo a mais classes, e atualmente conta com atletas com deficiência física,
visual e intelectual.
A maior diferença da Natação em
relação a qualquer outra disciplina paralímpica é o fato de o atleta utilizar
apenas o seu próprio corpo para a competição – recursos como órteses e próteses
não são permitidos.
Existem dez classes funcionais para
os nados livre, costas e borboleta, todas identificadas pela letra S (do inglês
Swimming, ou Natação em português), mais nove para o nado peito, chamadas de SB
(B de Breaststoke, ou nado peito), e mais dez para o medley, chamados de SM. As
pessoas com deficiência visual se enquadram nas categorias 11 (cegos), 12 e 13
(Baixa visão), e as com deficiência intelectual em uma única classe, na 14.
Além disso, dependendo de suas
habilidades, os atletas podem largar direto de dentro da água, sentados ou ao
lado do bloco de partida. Em alguns casos, seu técnico ou um voluntário
auxiliam apenas na saída da prova, e sem poder dar impulso.
Outro exemplo é nas provas de
nadadores com deficiência visual que necessitam adaptações para garantir sua
integridade e segurança: na hora da virada e/ou chegada eles recebem um aviso
por meio de um bastão, com uma ponta de espuma. O tapper é a pessoa responsável
por realizar o toque com o bastão e ele deve ser treinado junto do nadador para
que a ação seja sincronizada com o nado do atleta. Além disso, nadam com óculos
opacos para a prova, o que garante que todos estejam na mesma condição.
O esporte é de responsabilidade do
Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), adaptando as regras da
Federação Internacional de Natação (Fina).
Homens
e mulheres competem separadamente em provas que vão dos 50 aos 400 metros, no
estilo livre, e 50 aos 100m no borboleta. O medley tem eventos de 150 e 200m.
No revezamento, as equipes não são montadas apenas pelos menores tempos, e sim
por uma limitação de pontos a cada time, pré-definida para as provas – a única
exceção é na prova S14, para atletas com deficiência intelectual.
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