Tiro com Arco
Inicialmente concebido como uma
atividade de reabilitação e recreação para pessoas com deficiência, o Tiro com
Arco paralímpico tem uma história longa. As primeiras competições aconteceram
nos Jogos de Stoke Mandeville, na Inglaterra, em 1948, e o esporte fez parte do
programa da edição inaugural dos Jogos Paralímpicos, em 1960, em Roma.
O Tiro com Arco paralímpico pode ser
disputado por pessoas com amputações, paralisia ou paresia (paraplégicos e
tetraplégicos), paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, como
a atrofia muscular e escleroses, com disfunções nas articulações, problemas na
coluna e múltiplas-deficiências. Há eventos individuais e por equipes - três
participantes em cada time.
As regras do Tiro com Arco
paralímpico, governado pela Federação Internacional de Tiro com Arco (WA, em
inglês), são as mesmas do esporte olímpico. Em 2007, a entidade assumiu o
comando da disciplina, que até então estava com o Comitê Paralímpico
Internacional (IPC, em inglês).
Assim como na disputa olímpica, os
participantes têm como objetivo acertar as flechas o mais perto possível do
alvo, que está colocado a uma distância de 70 metros e tem 1,22m de diâmetro,
formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto, e o
central vale dez. Quanto mais próxima do
círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida.
Existem dois tipos de arco: o
recurvo, único permitido nas disputas olímpicas e paralímpicas, formado por
lâminas, punho e corda, e o composto, que possui um sistema capaz de alcançar
maiores potências com menos esforço, e é mais utilizado para a caça.
Por competirem no mesmo campo e com equipamentos similares aos arqueiros sem deficiência, os participantes do Tiro com Arco paralímpico podem inclusive atingir índices para campeonatos mundiais convencionais.
Por competirem no mesmo campo e com equipamentos similares aos arqueiros sem deficiência, os participantes do Tiro com Arco paralímpico podem inclusive atingir índices para campeonatos mundiais convencionais.
Tiro Esportivo
Esporte
presente nos Jogos Olímpicos desde sua primeira edição, no ano de 1896, em
Atenas, o Tiro Esportivo levou mais tempo para fazer parte do programa
paralímpico: a entrada só aconteceu em 1976, quando o evento foi disputado na
cidade de Toronto, no Canadá. Seis anos antes, na Escócia, a disciplina começou
a se desenvolver.
Apenas os homens competiram na
cidade canadense, mas em 1980, quando os Jogos Paralímpicos foram disputados em
Arnhem, na Holanda, as mulheres participaram em algumas categorias mistas. Em
1992, elas foram retiradas do programa em Barcelona, e retornaram de vez na
edição de Atlanta, em 1996, com eventos masculinos, femininos e mistos.
Ao longo dos anos, o sistema de
classificação também evoluiu. Se no início os eventos eram divididos pelo tipo
de deficiência, atualmente atletas de diferentes tipos de deficiência podem
competir numa mesma classe. Existem três categorias principais: SH1 (atiradores
de pistola e carabina que não requerem suporte para a arma), SH2 (atiradores de
carabina que necessitam de apoio para a arma por não conseguir segurá-la com
seus braços) e SH3 (atiradores de carabina com deficiência visual).
Nos Jogos Paralímpicos, apenas as
classes SH1 e SH2 estão representadas. As competições seguem as regras da
Federação Internacional de Tiro (ISSF, em inglês), mas adaptadas pelo Comitê
Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), que é responsável pelo esporte.
Existem equipamentos de apoio, como mesas e cadeiras de tiro, além de suportes
para as armas.
Como na disputa do Tiro
convencional, as regras variam de acordo com a prova, distância, tipo do alvo,
posição de tiro, número de disparos e o tempo para o participante atirar. O
alvo é dividido em dez circunferências, com pontuação diferente – o círculo do meio,
o menor de todos, vale dez pontos. Quem tiver o melhor desempenho na soma da
fase de classificação e na final é o vencedor.
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