terça-feira, 30 de abril de 2013

Tiro Com Arco e Esportivo



Tiro com Arco   


Inicialmente concebido como uma atividade de reabilitação e recreação para pessoas com deficiência, o Tiro com Arco paralímpico tem uma história longa. As primeiras competições aconteceram nos Jogos de Stoke Mandeville, na Inglaterra, em 1948, e o esporte fez parte do programa da edição inaugural dos Jogos Paralímpicos, em 1960, em Roma.
O Tiro com Arco paralímpico pode ser disputado por pessoas com amputações, paralisia ou paresia (paraplégicos e tetraplégicos), paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, como a atrofia muscular e escleroses, com disfunções nas articulações, problemas na coluna e múltiplas-deficiências. Há eventos individuais e por equipes - três participantes em cada time.
As regras do Tiro com Arco paralímpico, governado pela Federação Internacional de Tiro com Arco (WA, em inglês), são as mesmas do esporte olímpico. Em 2007, a entidade assumiu o comando da disciplina, que até então estava com o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).
Assim como na disputa olímpica, os participantes têm como objetivo acertar as flechas o mais perto possível do alvo, que está colocado a uma distância de 70 metros e tem 1,22m de diâmetro, formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto, e o central vale dez.   Quanto mais próxima do círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida.
Existem dois tipos de arco: o recurvo, único permitido nas disputas olímpicas e paralímpicas, formado por lâminas, punho e corda, e o composto, que possui um sistema capaz de alcançar maiores potências com menos esforço, e é mais utilizado para a caça.
Por competirem no mesmo campo e com equipamentos similares aos arqueiros sem deficiência, os participantes do Tiro com Arco paralímpico podem inclusive atingir índices para campeonatos mundiais convencionais.




Tiro Esportivo


Esporte presente nos Jogos Olímpicos desde sua primeira edição, no ano de 1896, em Atenas, o Tiro Esportivo levou mais tempo para fazer parte do programa paralímpico: a entrada só aconteceu em 1976, quando o evento foi disputado na cidade de Toronto, no Canadá. Seis anos antes, na Escócia, a disciplina começou a se desenvolver.
Apenas os homens competiram na cidade canadense, mas em 1980, quando os Jogos Paralímpicos foram disputados em Arnhem, na Holanda, as mulheres participaram em algumas categorias mistas. Em 1992, elas foram retiradas do programa em Barcelona, e retornaram de vez na edição de Atlanta, em 1996,  com eventos masculinos, femininos e mistos.
Ao longo dos anos, o sistema de classificação também evoluiu. Se no início os eventos eram divididos pelo tipo de deficiência, atualmente atletas de diferentes tipos de deficiência podem competir numa mesma classe. Existem três categorias principais: SH1 (atiradores de pistola e carabina que não requerem suporte para a arma), SH2 (atiradores de carabina que necessitam de apoio para a arma por não conseguir segurá-la com seus braços) e SH3 (atiradores de carabina com deficiência visual).
Nos Jogos Paralímpicos, apenas as classes SH1 e SH2 estão representadas. As competições seguem as regras da Federação Internacional de Tiro (ISSF, em inglês), mas adaptadas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), que é responsável pelo esporte. Existem equipamentos de apoio, como mesas e cadeiras de tiro, além de suportes para as armas.
Como na disputa do Tiro convencional, as regras variam de acordo com a prova, distância, tipo do alvo, posição de tiro, número de disparos e o tempo para o participante atirar. O alvo é dividido em dez circunferências, com pontuação diferente – o círculo do meio, o menor de todos, vale dez pontos. Quem tiver o melhor desempenho na soma da fase de classificação e na final é o vencedor.

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