Uma das novidades no programa dos
Jogos Paralímpicos de 2016, o Paratriatlo vem experimentando o mesmo sucesso
que o esporte convencional, estreante no programa olímpico no ano 2000, em
Sydney. Desde o início da realização do primeiro Mundial, em 6 de Agosto de
1989 em Avignon (França), o esporte ganha praticantes em todo o mundo.
O percurso é composto por 750 metros
de nado, 20 quilômetros de ciclismo e outros 5 quilômetros de corrida,
distância conhecida como Sprint Triatlo. Assim como no Triatlo tradicional ou
Standard, o tempo gasto na transição entre nado, ciclismo e corrida é computado
no tempo total de prova, e vence o atleta que realizá-la no menor tempo.
Participam do esporte pessoas com
diversos tipos de deficiência, desde cadeirantes, amputados até atletas com
deficiência visual. Eles são classificados de acordo com suas potencialidades e
podem utilizar equipamentos adaptados para o auxílio em sua locomoção – por
exemplo, competidores com paraplegia, ou cadeirantes, podem usar uma bicicleta
manual chamada de handcycle, impulsionando os pedais com as mãos, para a etapa
de ciclismo, e realizar a corrida em uma cadeira de rodas.
As classes do Paratriatlo são
reconhecidas pela sigla TRI (de Triathlon, nome do esporte em inglês). A
própria Federação Internacional de Triatlo (ITU, em inglês) ainda não definiu
todos os critérios de elegibilidade para a classificação dos atletas, e tem se
baseado em estudos internos, e também das entidades responsáveis pela Natação,
Atletismo e Ciclismo Paralímpicos.
Por
enquanto, a divisão tem sido feita da seguinte forma: a classe TRI1 inclui todos
os cadeirantes, o que inclui pessoas com paraplegia, quadriplegia e amputados
das duas pernas. Nessa classe são utilizadas as handcycle no Ciclismo, e uma
cadeira de rodas especial na corrida.
A classe TRI2 é a dos atletas com
comprometimentos mais severos nas pernas, atletas com amputações e
comprometimentos acima dos joelhos. Nesta classe, os participantes usam
próteses para pedalar e correr.
Já a classe TRI3 é denominada de les
autres (“os outros”, em francês), na qual os participantes apresentam comprometimentos
diversos, tais como esclerose múltipla, distrofia muscular e paralisia
cerebral. Esses podem usar um triciclo e correr com uma próstese, se
necessário.
Por sua vez, as classes TRI4 e TRI5
têm como participantes atletas com limitações físicas nos braços e abaixo do
joelho, respectivamente. Em ambas é obrigatório o uso da bicicleta
convencional, com adaptação de material ou auxílio de uma prótese caso seja
necessário.
A categoria TRI6 inclui os atletas
com deficiência visual, que obrigatoriamente devem ser acompanhados por um
atleta-guia durante toda a prova.
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