terça-feira, 30 de abril de 2013

Remo



Em 2001, a Federação Internacional de Remo (FISA, em francês) consultou o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) para que o esporte fizesse parte do programa dos Jogos. Um ano depois, na Espanha, aconteceu o primeiro Mundial de Remo para pessoas com deficiência, com a participação de sete países, e foi assinado um protocolo de compromisso para a criação e regulamentação das regras do novo esporte.
O Mundial de 2004 já teve a participação de 24 países, e quatro anos depois o Remo estava presente nos Jogos Paralímpicos, em Pequim. Uma das exigências do IPC era a de que os barcos e equipamentos fossem adaptados, para que as pessoas com deficiência pudessem praticar com segurança.
Esta exigência deu origem ao termo Remo adaptado - ou seja, o equipamento é modificado de acordo com as necessidades dos remadores. E, para evitar o doping tecnológico, é limitado o uso de próteses e órteses durante a competição.
Os barcos são compostos por um, dois ou quatro atletas que tenham diferentes tipos de deficiência. Os remadores são separados em função dos membros utilizados para a propulsão da embarcação: há a classe dos que usam apenas os braços, identificados pela letra A (do inglês arms) e a classe chamada TA (trunk and arms), para os atletas que utilizam braços e tronco.
Além dessas duas, existe ainda a classe dos que usam as pernas, os tronco e os braços, a LTA (legs, trunk and arms), que inclui ainda pessoas com deficiência visual – estes têm sempre de usar óculos ou máscaras cobrindo os olhos durante as provas, não importando sua classificação visual (a exemplo do Goalball, para nenhum atleta ficar em desvantagem).
Nas provas do barco Quatro com Timoneiro, a composição da tripulação é mista, com pessoas que tenham deficiência física e visual, mas somente um deles B3 (pessoa com maior resíduo visual). O Timoneiro não precisa ser uma pessoa com deficiência, já que desempenha a função de guia, como acontece nas corridas de Atletismo.
As provas do Remo paralímpico são sempre disputadas na distância de 1.000 metros, não importando a categoria. E o objetivo é o mesmo do esporte convencional: percorrer um percurso em linha reta, chamado de raia, no menor tempo possível.

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