Em 2001, a Federação Internacional
de Remo (FISA, em francês) consultou o Comitê Paralímpico Internacional (IPC,
em inglês) para que o esporte fizesse parte do programa dos Jogos. Um ano
depois, na Espanha, aconteceu o primeiro Mundial de Remo para pessoas com
deficiência, com a participação de sete países, e foi assinado um protocolo de
compromisso para a criação e regulamentação das regras do novo esporte.
O Mundial de 2004 já teve a
participação de 24 países, e quatro anos depois o Remo estava presente nos
Jogos Paralímpicos, em Pequim. Uma das exigências do IPC era a de que os barcos
e equipamentos fossem adaptados, para que as pessoas com deficiência pudessem
praticar com segurança.
Esta exigência deu origem ao termo
Remo adaptado - ou seja, o equipamento é modificado de acordo com as
necessidades dos remadores. E, para evitar o doping tecnológico, é limitado o
uso de próteses e órteses durante a competição.
Os barcos são compostos por um, dois
ou quatro atletas que tenham diferentes tipos de deficiência. Os remadores são
separados em função dos membros utilizados para a propulsão da embarcação: há a
classe dos que usam apenas os braços, identificados pela letra A (do inglês
arms) e a classe chamada TA (trunk and arms), para os atletas que utilizam
braços e tronco.
Além dessas duas, existe ainda a
classe dos que usam as pernas, os tronco e os braços, a LTA (legs, trunk and
arms), que inclui ainda pessoas com deficiência visual – estes têm sempre de
usar óculos ou máscaras cobrindo os olhos durante as provas, não importando sua
classificação visual (a exemplo do Goalball, para nenhum atleta ficar em
desvantagem).
Nas provas do barco Quatro com
Timoneiro, a composição da tripulação é mista, com pessoas que tenham
deficiência física e visual, mas somente um deles B3 (pessoa com maior resíduo
visual). O Timoneiro não precisa ser uma pessoa com deficiência, já que
desempenha a função de guia, como acontece nas corridas de Atletismo.
As provas do Remo paralímpico são
sempre disputadas na distância de 1.000 metros, não importando a categoria. E o
objetivo é o mesmo do esporte convencional: percorrer um percurso em linha
reta, chamado de raia, no menor tempo possível.
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