terça-feira, 30 de abril de 2013

Paraciclismo


            A essência do Para ciclismo não difere muito das disputas nos Jogos Olímpicos. O esporte para pessoas com deficiência começou a ser disputado no início da década de 80, inicialmente para ciclistas com limitações visuais, usando bicicletas tandem, de dois lugares, com um piloto na frente pedalando com o atleta.
            A primeira aparição do esporte nos Jogos Paralímpicos aconteceu na edição de 1984, que teve como sedes a cidade americana de Nova Iorque e Stoke Mandeville, na Inglaterra. À época, foram disputadas apenas provas de Estrada para pessoas com paralisia cerebral, tanto no masculino como no feminino.
            Pouco a pouco, o Paraciclismo foi se desenvolvendo.  Em 1988, na cidade de Seul, quatro anos depois de sua estreia, mais provas de Estrada passaram a fazer parte do programa de disputas.            A partir dos Jogos de Atlanta, em 1996, houve a entrada das competições de pista, e cada tipo de deficiência passou a se enquadrar em classes funcionais específicas. Já a edição de Sydney, em 2000, introduziu as handbikes (bicicleta impulsionadas com as mãos) em provas de exibição.
Disputam as provas ciclistas com diferentes deficiências morfofuncionais, congênitas ou adquiridas, como amputações, tetra e paraplegia, paralisia cerebral e deficiências visuais. Se o atleta tem uma deficiência que não é permanente, ou não o impede de correr ao lado dos ciclistas sem deficiência, ele não pode participar de provas.
            As classificações têm evoluído do aspecto médico para o funcional, visando a equilibrar as disputas. As regras de competição estão de acordo com a habilidade funcional de cada participante, assim como as adaptações a serem feitas nas bicicletas – por exemplo, atletas com paralisia cerebral correm em triciclos, já que em alguns casos seu equilíbrio pode estar comprometido para andar sobre duas rodas.
            O Paraciclismo também tem suas regras feitas pela União Ciclista Internacional (UCI, em francês), mas a organização é de responsabilidade do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).

 

Paraciclismo de Estrada

O Paraciclismo de Estrada foi o precursor do esporte no programa dos Jogos. Desde a edição de 1984, realizada nas cidades de Stoke Mandeville, na Inglaterra, e Nova Iorque, nos Estados Unidos, participantes testam seu desempenho em provas de contrarrelógio e resistência.
As provas de Estrada são disputadas tanto no masculino como no feminino, e por todas as classes funcionais. Há provas para atletas com deficiência visual, identificados pela letra B (do inglês Blind, ou cego em português) em que são utilizadas as bicicletas tandem, com um ciclista sem deficiência atuando como piloto, a exemplo do que acontece no atletismo, e para atletas amputados, cujas classes são apresentadas com a letra C, e que tem equipamentos com próteses ou adaptações específicas, como para o acionamento de câmbios e freios.
Também competem ciclistas com paralisia cerebral, que utilizam triciclos – a letra T aponta as provas da classe -, com duas rodas atrás – por terem maior comprometimento das funções motoras e equilíbrio, os triciclos possibilitam maior segurança para o ciclista e permitem que ele desempenhe melhor sua performance. Há ainda disputas nas chamadas handbikes, que são impulsionadas com as mãos, para pessoas com tetra e paraplegia, e identificadas pela letra H.
A dinâmica das provas é parecida com a do Ciclismo Olímpico – as distâncias mínimas e máximas para as provas variam em função de cada classe. O esporte também tem suas regras feitas pela União Ciclista Internacional (UCI, em francês), mas a organização é de responsabilidade do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).



















Paraciclismo de Pista

Disciplina mais recente do Ciclismo Paralímpico, a competição em pista começou apenas nos Jogos de 1996, em Atlanta. Como na disputa olímpica, é dividido em provas de contrarrelógio, perseguição e velocidade.
Uma das bicicletas usadas nas provas de pista é a também, de dois lugares e que é usada pelos atletas com deficiência visual ou baixa visão, identificados pela letra B (do inglês Blind, ou cego em português). Como nas provas de atletismo, existe um atleta-guia, que no caso do ciclismo chama-se piloto e fica no banco da frente.
Além dos atletas com deficiência visual, participam das provas de pista amputados, divididos em cinco classes. A adaptação das bicicletas pode variar do acionamento de freios e câmbios, até próteses e órteses voltadas para a competição – como as que seguram o guidom. Estas classificações são identificadas pela letra C.
O formato de disputa muda de acordo com o evento, mas a dinâmica das provas é parecida com as das provas de pista olímpicas - o ciclismo paralímpico também tem suas regras feitas pela União Ciclista Internacional (UCI, em francês), mas a organização é de responsabilidade do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).


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